Tem dias que a gente não se reconhece
Tem dias que a gente não sabe exatamente quem é
Uma tentativa falida de explicar-se
O querer fazer parte do mundo
O sentir necessitado do outro,
da voz do outro,
do olhar do outro,
do corpo do outro.
A solidão é angustiante.
Crua.
Verdadeira.
Não há o que explicar
É fato, estamos sós
A contemplar um mundo de solitários
A buscar um solitário pra si.
É triste ser só, sozinho
O ideal é ser só, mas junto
A solidão se distancia, fica miúda
pequena, mas ainda é solidão.
E ninguém entende aquele que disse
ser solitário andar por entre as gentes
e nunca contentar-se de contente.
É uma dor que desafia
que estremece.
E assim caminhamos
Mãos dadas
Cada perna para um lado
Na tentativa de não sentir-se só.
Na estúpida tentativa de não reconhecer-se só.
.Você está sozinho.
Dor mais profunda:
Verdadeira, única.
PAULA CRISTINA
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
sábado, 20 de fevereiro de 2010
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
Lua Canção Floresta Paz (Palavras Perdidas I)
Na floresta da noite
existe um medo
é um medo maior
é o medo do desejo
Nesta canção desprovida
há uma nota perdida
não rima, não diz nada
já não traz mais em si a vida
Na paz de outrora
eu escutei aquele ruído
era um som absurdo
que beirava ao misticismo
Nesta floresta sem canção sem paz
dorme uma lua autêntica
ela é quem guia
os passos dos pobres mortais
Paula Cristina
existe um medo
é um medo maior
é o medo do desejo
Nesta canção desprovida
há uma nota perdida
não rima, não diz nada
já não traz mais em si a vida
Na paz de outrora
eu escutei aquele ruído
era um som absurdo
que beirava ao misticismo
Nesta floresta sem canção sem paz
dorme uma lua autêntica
ela é quem guia
os passos dos pobres mortais
Paula Cristina
domingo, 7 de fevereiro de 2010
Assinar:
Postagens (Atom)