Ontem acordei e não pude ver a lua
ela já tinha caído no mar!
Na hora de dormir dois sóis estiveram a brilhar o tempo todo
E quase não se via os caramujos no céu!
A madrugada estava linda
Um sol perene a banhava
com uma chuvinha de leve-leve
Tudo era tão bonito!
E então vieram as leis...
Remexeram e mexeram
Deixaram o mundo como está:
Sem sonho
Hoje acordo e vejo prédios.
Na hora de dormir o único brilho é o dos postes.
A madrugada é barulhenta e odiosa.
Não sou mais poeta.
Sou uma imagem inventada de poeta.
um poeta cheio de cinzas.
e sem graça.
um poeta que perdeu a alma.
que perdeu a lua.
que perdeu o sol.
que perdeu a madrugada.
que perdeu o encanto.
Fr ag me nt ad o
Paula Cristina
LI...
ResponderExcluirADOREI...
GUARDEI...
Belo poema. Transpira Lorca: "Guardia civil caminera/dadme unos sorbitos de agua/pero agua con peces y barcos/ agua, agua, agua...". Surreal. Ou: "Huye luna,luna, luna/ que ya siento sus caballos/ niño, déjame, no pises/ mi blancor almidonado". Não pessimista, mas melancólico, como a transparecer a saudade de algo que nunca se teve.
ResponderExcluirEduardo
eduardocardoso@uol.com.br