segunda-feira, 13 de julho de 2009

Sem Imprevisto (Bia Lopes)

Dias em que acordo enganada e não compreendo quando herberto diz "amo". Acreditar palavras quando preciso vestir gestos? Subo e desço espirais vertida nos braços de minha mãe. Respiro labirintos resumo vidros e vistas de uma janela. Dizem "não é nada", fantasmas carregam-me por avenidas e entre tantos líquidos incompreensíveis um branco soro percorre-me. Almoço telefonemas que desaparecem por veias de mesa. Sorvo mentiras que não consigo desmentir. Sem becos para meus desenganos, sem sangue para minhas quedas, durmo para o impossível.
Bia Lopes.
Tantas Letras!
São Bernardo do Campo

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