sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Atestado

Eu, L´essentiel est invisible pour les yeux, atesto, para fins emocionais, que Mon amour está sob constante atendimento neste órgão, digo coração.
Declaro ainda que Mon amour precisa de 100 anos de alegrias, paz e amor junto a L´essentiel est invisible pour les yeux.

Sem mais,
SBCampo, __ / __/ __

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Jesus numa moto

Sá, Rodrix & Guarabyra
Composição: Zé Rodrix

Preso nessa cela
De ossos, carne e sangue,
Dando ordens a quem não sabe,
Obedecendo a quem tem,
Só espero a hora,
Nem que o mundo estanque,
Prá me aproveitar do conforto,
De não ser mais ninguém.

Eu vou virar a própria mesa,
Quero uivar numa nova alcatéia,
Vou meter um "marlon brando" nas idéias,
E sair por aí,
Prá ser jesus numa moto,
Che guevara dos acostamentos,
Bob dylan numa antiga foto,
Cassius clay antes dos tratamentos,
John lennon de outras estradas,
Easy rider, dúvida e eclipse,
São tomé das letras apagadas,
E arcanjo gabriel sem apocalipse.

Nada no passado,
Tudo no futuro,
Espalhando o que já está morto,
Pro que é vivo crescer,
Sob a luz da lua,
Mesmo com sol claro,
Não importa o preço que eu pague,
O meu negócio é viver,
Sob a luz da lua...
Mesmo com sol claro...
Preso nesta cela...

Aprenda

"Aprenda que uma pessoa pode ferir seu corpo,
mas jamais poderá ferir sua emoção, a não ser que você permita."
Augusto Cury

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Almeida Faria

"...todos os dias ali pessoas pagam promessas a um Deus que não as ouve e que perseguem..."
p. 72
***
"...porque não serei eu nunca um homem novo? durmo, velo, sonho, lembro; a vida é isto: tempo."
p. 76
***
"... deus, tem piedade dos que arrotam de fome, salva-os ao menos, como esperam, desta pocilga..."
p.81
***
"... que os homens, ao deitarem-se nas duras camas do trabalho em que as mulheres, magras e pacientes de calma permanência, de aflita espera, esperam, são mais ternos para elas e a elas prometem, cheios duma esperança abstracta, um futuro melhor de paz e pão..."
p.111
***
"... nunca compreendeu que, na tacanha sociedade arcaica em que vivia, a mulher é aquilo que o homem fizer dela, e ele fez dela um corpo apático, favorecendo e completando assim uma educação medieval..."
p.125
***
"... a casa túmulo da vida, a noite túmulo da casa..."
p. 143
***

FARIA, Almeida. A paixão. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

domingo, 25 de outubro de 2009

Terceira

Amamos.
Somos queridos.
Somos amados.
Somos.

"... não há mais tempo para incertezas, brigas, ciúmes e bobagens. O amor existe e eu o encontrei..."

Paula Cristina

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

É preciso amar

É preciso amar as pessoas
Como se não houvesse amanhã
Por que se você parar
Prá pensar
Na verdade não há...
...

Sou a gota d´água
Sou um grão de areia

Legião Urbana

Segunda

Fogo
Fogo
Explosão
Dinamite
Surpresa
Liberdade
Aventuras
Segredo

..." e assim sei lá. Era uma paixão louca, devoradora, arrebentadora, tempestades e trovões, loucuras mil, segredos secretos. Éramos doidos, éramos livres."

Paula Cristina

Primeira

Escadas e livros
Olhares
Faíscas de fogo
Conversas secretas
Espera
Caminho
Encontro
Beijo
Acontecimento
Fascinação
Sonho

"Quando te vi pela primeira vez, eu te achei feio, um feio sedutor, não sei o porquê. Muito jovem e pouca experiência, apenas as dos livros e as imaginadas e também a da vida, mas ainda não tinha me deperado com alguém do sexo oposto. Os olhares não haviam se cruzado como acontecera...
Acordaria na manhã seguinte com uma nova sensação, uma cor diferente na alma..."

Paula Cristina

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Amor Feinho

Eu quero amor feinho.
Amor feinho não olha um pro outro.
Uma vez encontrado, é igual fé,
não teologa mais.
Duro de forte, o amor feinho é magro, doido por sexo
e filhos tem os quantos haja.
Tudo que não fala, faz.
Planta beijo de três cores ao redor da casa
e saudade roxa e branca,
da comum e da dobrada.
Amor feinho é bom porque não fica velho.
Cuida do essencial; o que brilha nos olhos é o que é:
eu sou homem você é mulher.
Amor feinho não tem ilusão,
o que ele tem é esperança:
eu quero amor feinho.

Adélia Prado

Casamento

Há mulheres que dizem:
Meu marido, se quiser pescar, pesque,
mas que limpe os peixes.
Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,
ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.
É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,
de vez em quando os cotovelos se esbarram,
ele fala coisas como "este foi difícil"
"prateou no ar dando rabanadas"
e faz o gesto com a mão.
O silêncio de quando nos vimos a primeira vez
atravessa a cozinha como um rio profundo.
Por fim, os peixes na travessa,
vamos dormir.
Coisas prateadas espocam:
somos noivo e noiva.


Texto extraído do livro "Adélia Prado - Poesia Reunida", Ed. Siciliano - São Paulo, 1991, pág. 252.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Deixe

Deixe que escorra
Deixe que se vá
A vida é assim
mesmo torta
não tem linha
reta
Deixe
Deixe que digam
Deixe falar
Eles dizem o que sabem
Sabem o que não querem
Deixe
A vida é assim
mesmo torta
não tem linha
reta
Deixe
Deixe correr
Deixe vazar
Eles não entendem o que falam
Nem falam o que entendem
Deixe

Paula Cristina

domingo, 18 de outubro de 2009

Antes que a cortina se feche...


"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos."

Charles Chaplin

sábado, 17 de outubro de 2009

Chacun et Chacune

O problema é de Chacun e de Chacune!
Paula Cristina

O ponto final

acordei sem saber que acordei fingindo ser quem eu nunca fui realmente e sendo o que já tinha sido mas não sendo nada e não sei o que acontece são coisas que não cessam nunca pensamentos floreios imagens dores perturbações alucinações tempestades num mesmo segundo e algo me puxa e me diz de deus e quem é deus se estou assim num mar sem mar num monte de areia ventos de areia cabeça arrebentada de naufrágos deslizes e pensamentos sútis nada sútis mas assim agressivos a agresssidade é algo que anima e repulsa repulsão a vida em sentido contrário palavras ao acaso desabafo mental e nada nada me convence o que teria sido a existência de milhares de pessoas se nada fosse nada nada estranho perguntar mas isso vem na minha cabeça agora justo a hora em que levanto e sei que é preciso trabalhar e trabalhar há tanta coisa por fazer mas e eu e as coisas e o mundo e minhas alucinações meus jogos de teatros meus fracassos minhas tentativas de sentir-me eu no mundo ou o mundo em mim de alguma forma não há nada estou atrasada é preciso levantar levantar para que se acordei fingindo ser quem eu nunca fui realmente e sendo o que já tinha sido mas não sendo nada e não sei o que acontece são coisas que não cessam nunca preciso do ponto final.

Paula Cristina

Desse mundo

Salve-me

Pelas tuas palavras
pelo teu doce canto
Salve-me

Por teu abrigo eterno
ternura esplêndida
Por tua compaixão
Salve-me

Pelo leve toque
livre calmo sereno
Por seu apoio
forte preciso certeiro
Pela sua cândida pureza
Salve-me

Salve-me do mundo que me engole feito um canhão, que me faz fugir das coisas, que me deixa perdida nas coisas, que faz viver em coisas e com coisas.
Salve-me dessa mundo de coisas.

Paula Cristina

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Cheia de Charme

Quando a vi
Logo ali, tão perto
Tão ao meu alcance
Tão distante, tão real
Tão bom perfume
Sei lá!...

Investi!
Tudo naquele olhar
Tantas palavras
Num breve sussurrar
Paixão assim
Não acontece todo dia...

Huuuuum!
Cheia de charme
Um desejo enorme
De se aventurar
Cheia de charme
Um desejo enorme
De revolucionar
Oh! Oh! Oh!...

Me perdi
Entre os seus cabelos
Pela sua pele
Nos seus lábios tão macios
Tão bom perfume
Sei lá!...

Investi!
Tudo naquele olhar
Tantas palavras
Num breve sussurrar
Paixão assim
Não acontece todo dia...

Huuuum!
Cheia de charme
Um desejo enorme
De se aventurar
Cheia de charme
Um desejo enorme
De revolucionar...
Oh! Oh! Oh!
Oh! Oh! Oh!...

Paixão assim
Não acontece todo dia...

Huuuum!
Cheia de charme
Um desejo enorme
De se aventurar
Cheia de charme
Um desejo enorme
De revolucionar...

Cheia de charme
Um desejo enorme
De se aventurar
Oh!...

Guilherme Arantes

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Poeta Zeca

Coração no Prego

Na tabua do meu peito,
Um prego da escravidão.
Foi pregado de mau jeito,
Com o martelo da decisão.

Quem pregou foi embora,
Deixando o prego cravado,
Jogou o martelo fora,
Meu peito ficou fechado.

E o coração foi pro prego,
Pela confusão que causou.
Porque se fingiu de cego,
Não vendo o que se passou.

Agora ele paga um preço,
Que está fora da tabela.
O que vai além de um terço,
Da dívida que não cancela.

E a razão de tudo isso,
Não é fácil de entender.
É que um coração omisso,

Envolve-se com o perigo,
E como não consegue ver;
Recebe em troca o castigo.

São Bernardo do Campo/ SP junho de 09

José Alfredo – (Zeca)

sábado, 10 de outubro de 2009

Noite Estrelada

*
Estrelas pontas mil
Corações dois
*
*
Paula Cristina

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Procuro despir-me do que aprendi...


"Procuro despir-me do que aprendi. Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram, e raspar a tinta com que me pintaram os sentidos, desencaixotar minhas emoções verdadeiras, desembrulhar-me, e ser eu."
Fernando Pessoa

sábado, 3 de outubro de 2009

Letras


Miedo

Tienen miedo del amor y no saber amar
Tienen miedo de la sombra y miedo de la luz
Tienen miedo de pedir y miedo de callar
Miedo que da miedo del miedo que da

Tienen miedo de subir y miedo de bajar
Tienen miedo de la noche y miedo del azul
Tienen miedo de escupir y miedo de aguantar
Miedo que da miedo del miedo que da

El miedo es una sombra que el temor no esquiva
El miedo es una trampa que atrapó al amor
El miedo es la palanca que apagó la vida
El miedo es una grieta que agrandó el dolor
Lenine

Gota a Gota

Cai gota a gota
A última gota de meu sangue
sangue nobre e escuro
liquido viscoso
profundo
***
Cai gota a gota
A última lágrima de sal
pura, límpida
líquido de cristal
***
***
Paula Cristina