Coração no Prego
Na tabua do meu peito,
Um prego da escravidão.
Foi pregado de mau jeito,
Com o martelo da decisão.
Quem pregou foi embora,
Deixando o prego cravado,
Jogou o martelo fora,
Meu peito ficou fechado.
E o coração foi pro prego,
Pela confusão que causou.
Porque se fingiu de cego,
Não vendo o que se passou.
Agora ele paga um preço,
Que está fora da tabela.
O que vai além de um terço,
Da dívida que não cancela.
E a razão de tudo isso,
Não é fácil de entender.
É que um coração omisso,
Envolve-se com o perigo,
E como não consegue ver;
Recebe em troca o castigo.
São Bernardo do Campo/ SP junho de 09
José Alfredo – (Zeca)
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