sábado, 29 de agosto de 2009

O Amor e o Poder (The Power of Love)


A música na sombra,
o ritmo no ar
Um animal que ronda
no véu do luar
Eu saio dos seus olhos
eu rolo pelo chão
Feito um amor que queima
magia negra
Sedução

Como uma deusa
você me mantém
E as coisas que você me diz
Me levam além

Aqui nesse lugar
Não há rainha ou rei
Há uma mulher e um homem
Trocando sonhos fora da lei

Como uma deusa
você me mantém
E as coisas que você me diz
Me levam além
Tão perto das lendas,
tão longe do fim
A fim de dividir
no fundo do prazer
o amor e o poder

A música na sombra
o ritmo no ar
um animal que ronda
no véu do luar

Tão perto das lendas,
tão longe do fim
A fim de dividir
no fundo do prazer
o amor e o poder

Como uma deusa
(me leva amor)
você me mantém
(longe do fim)
E as coisas que você me diz
Me levam além
Tão perto das lendas,
(me leva amor)
tão longe do fim
(longe do fim)
A fim de dividir
no fundo do prazer
o amor e o poder




Interpretado por Rosana Fiengo

Xote Swingado (Rastapé)

vou viajando nos teus sonhos
vou me ajeitando no teu coração
vou chamegando no balanço do teu corpo
e a pouco a pouco me derreto de suor
pois no forró não se dança lado a lado
tem que ter corpo colado
tem que ter uma pequena
para passar a noite toda coladinho
no suor do teu corpinho
muita coisa a gente inventa
vem, pequena, dançar de rosto colado
põe remelexo nesse xote swingado
vem, querida, pode balançar com jeito
que seu lugar é aqui junto do meu peito

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Pergunte!

Pergunte ao catador
quando choveu

Pergunte ao garimpeiro
o valor do ouro

Pergunte à mulher
o sabor da guerra

Pergunte!

Paula Cristina

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Amor

CONSTÂNCIA PACIÊNCIA TOLERÂNCIA
Paula Cristina

África

Não há muros
Não há o quê se lamentar
Paredes de corpos caídos
África

Não há nada
Não há o quê questionar
Miséria seca
África

Não há céus
Não há o quê vislumbrar
Ignóbil diferença
África

Paula Cristina

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

III Haikai


O inverno chegou
A primavera virá
Vida



Paula Cristina

No brejo das almas

"No brejo das almas"

Escrevi seu nome
no brejo
no brejo das almas

entre palavras-poemas
entre poemas-palavras

Escrevi seu nome
no brejo
no brejo das almas

Paula Cristina

Infância

Meu pai montava a cavalo, ia para o campo.
Minha mãe ficava sentada cosendo.
Meu irmão pequeno dormia.
Eu sozinho menino entre mangueiras
lia a história de Robinson Crusoé,
comprida história que não acaba mais.

No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu
a ninar nos longes da senzala – e nunca se esqueceu
chamava para o café.
Café preto que nem a preta velha
café gostoso
café bom.

Minha mãe ficava sentada cosendo
olhando para mim:
- Psiu... Não acorde o menino.
Para o berço onde pousou um mosquito.
E dava um suspiro... que fundo!

Lá longe meu pai campeava
no mato sem fim da fazenda.

E eu não sabia que minha história
era mais bonita que a de Robinson Crusoé.

Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Revoadas

Revoadas
João Alfredo (Zeca)

Mil saudades
Tortura brava alma
Que tenta
Proteger um corpo
Solitário que ama

Ama virtualmente
Qual uma imagem
Transportada
Pelo desassossego
Que lhe rouba o sono

Tenta abriga-se
Em revoadas fantasias
Entre paredes
De um quarto incolor

Isso foi apenas
Uma nuvem de amor
Que se escondeu no silêncio.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Um desabafo...

Um desabafo...


estou altamente desmotivado
hoje,
não estou conseguindo
me concentrar
Tenho tantas coisas na cabeça
e nenhuma tem sentido
ou estão incompletas
ou são impossíveis.
Queria fazer coisas
que não posso
aqui
ou
em lugar nenhum.
Sinto como se algo me faltasse.

Que inferno é esse?

Fabio Bernardinelli

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

O ciclo da vida é um rio



Ontem eu li num belo blog o texto do rio (esse que postei antes desse). Esse pequenino texto me fez pensar muita coisa: o tempo foge das nossas mãos. E o que fazemos? Nós machucamos os nossos amigos com as espinhosas e árduas palavras que não deveriam ser pronunciadas, mas... é o que fazemos. Nós, nós também brigamos á toa, ficamos com raiva e o tempo contando 10 9 8 7 6 5 4 3 2 e morte. A morte não é o zero, acho que ela é o número 1: é o recomeço de algo que não entendo ou não queira entender...

É por isso que a vida é um rio: não pára (com acento, porque essa nova regra ortográfica é ridícula!). Um rio vai ao encontro de outras águas, que evaporam, que tornam a ser águas. É um ciclo infinito: o ciclo da vida.

Paula Cristina

viver é um rio

viver é um rio...

não, eu não estou refeita. seguimos respirando vivo, mesmo sem condição. é que esta jornada me toma sempre de uma obrigação: quero entender.
mas eu não entendo nada! as coisas, antes que eu possa alcançá-las, mudam de cor, mudam a textura, mudam de lugar, de nome.
vagueio meu próprio coração (acho que é a primeira vez que uso esta palavra em meus escritos, veja só! que curioso...), e escrevo para me salvar do escuro, é o que faço com as palavras: me salvo.
então decido contar porque necessito encontrar uma paz, porque necessito aliviar-me das imagens que tomaram meus dias e para talvez significar, mesmo sem entender, pois afinal eu sei: não se pode entender, não tudo. e mesmo não importa, nada é definitivo neste nosso entendimento das coisas.
me recolho porque do lado de fora de mim não há.
converso com as palavras, sentada do lado de fora, onde há um silêncio dentro, um que me invade e me serena.
há a chuva que me desconsola. serão longos os dias. espero que a primavera venha antes mesmo que o inverno acabe.
...
viver é rio, a gente escoa, sem condição.

já é agosto!

Visitem: ocadernodeescrita.blogspot.com

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Bandolins

Bandolins
Oswaldo Montenegro

Como fosse um par que
Nessa valsa triste
Se desenvolvesse
Ao som dos Bandolins...

E como não?
E por que não dizer
Que o mundo respirava mais
Se ela apertava assim...

Seu colo como
Se não fosse um tempo
Em que já fosse impróprio
Se dançar assim
Ela teimou e enfrentou
O mundo
Se rodopiando ao som
Dos bandolins...

Como fosse um lar
Seu corpo a valsa triste
Iluminava e a noite
Caminhava assim
E como um par
O vento e a madrugada
Iluminavam a fada
Do meu botequim...

Valsando como valsa
Uma criança
Que entra na roda
A noite tá no fim
Ela valsando
Só na madrugada
Se julgando amada
Ao som dos Bandolins...

Quando a gente ama

Quando a gente ama
Oswaldo Montenegro

Quem vai dizer ao coração,
Que a paixão não é loucura
Mesmo que pareça
Insano acreditar

Me apaixonei por um olhar
Por um gesto de ternura
Mesmo sem palavra
Alguma pra falar

Meu amor,a vida passa num instante
E um instante é muito pouco pra sonhar

Quando a gente ama,
Simplesmente ama
É impossível explicar
Quando a gente ama
Simplesmente ama!

A um amigo

“A um amigo”


.Há um mistério oculto.

Eis que escrevo teu nome
E não tuas letras
Tuas sonóricas letras
Com notas caídas de piano

O compasso me diz que horas são
Mas não há relógios por aqui
Há um clic que marca os segundos
Segundos dos livros e das letras amadas

Há uma música no fundo desta sala
E cores em volta de tudo
Há um mistério oculto

Tua letra me diz quem é
Não. Escrevo teu nome.

.Há um mistério oculto.


Paula Cristina

The Seed

The Seed


A successful business man was growing old and knew it was time to choose a successor to take over the business.

Instead of choosing one of his Directors or his children, he decided to do something different. He called all the young executives in his company together.

He said, "It is time for me to step down and choose the next CEO. I have decided to choose one of you. "The young executives were shocked, but the boss continued. "I am going to give each one of you a SEED today - one very special SEED. I want you to plant the seed, water it, and come back here one year from today with what you have grown from the seed I have given you. I will then judge the plants that you bring, and the one I choose will be the next CEO."

One man, named Jim, was there that day and he, like the others, received a seed. He went home and excitedly, told his wife the story. She helped him get a pot, soil and compost and he planted the seed. Everyday, he would water it and watch to see if it had grown. After about three weeks, some of the other executives began to talk about their seeds and the plants that were beginning to grow.

Jim kept checking his seed, but nothing ever grew.

Three weeks, four weeks, five weeks went by, still nothing.

By now, others were talking about their plants, but Jim didn't have a plant and he felt like a failure.

Six months went by -- still nothing in Jim's pot. He just knew he had killed his seed. Everyone else had trees and tall plants, but he had nothing. Jim didn't say anything to his colleagues, however. He just kept watering and fertilizing the soil - He so wanted the seed to grow.

A year finally went by and all the young executives of the company brought their plants to the CEO for inspection.

Jim told his wife that he wasn't going to take an empty pot. But she asked him to be honest about what happened. Jim felt sick to his stomach, it was going to be the most embarrassing moment of his life, but he knew his wife was right. He took his empty pot to the board room. When Jim arrived, he was amazed at the variety of plants grown by the other executives. They were beautiful -- in all shapes and sizes. Jim put his empty pot on the floor and many of his colleagues laughed, a few felt sorry for him!

When the CEO arrived, he surveyed the room and greeted his young executives.

Jim just tried to hide in the back. "My, what great plants, trees, and flowers you have grown," said the CEO. "Today one of you will be appointed the next CEO!"

All of a sudden, the CEO spotted Jim at the back of the room with his empty pot. He ordered the Financial Director to bring him to the front. Jim was terrified. He thought, "The CEO knows I'm a failure! Maybe he will have me fired!"

When Jim got to the front, the CEO asked him what had happened to his seed - Jim told him the story.

The CEO asked everyone to sit down except Jim. He looked at Jim, and then announced to the young executives, "Behold your next Chief Executive Officer!

His name is Jim!" Jim couldn't believe it. Jim couldn't even grow his seed.

"How could he be the new CEO?" the others said.

Then the CEO said, "One year ago today, I gave everyone in this room a seed. I told you to take the seed, plant it, water it, and bring it back to me today. But I gave you all boiled seeds; they were dead - it was not possible for them to grow.

All of you, except Jim, have brought me trees and plants and flowers. When you found that the seed would not grow, you substituted another seed for the one I gave you. Jim was the only one with the courage and honesty to bring me a pot with my seed in it. Therefore, he is the one who will be the new Chief Executive Officer!"


If you plant honesty, you will reap trust
If you plant goodness, you will reap friends
If you plant humility, you will reap greatness
If you plant perseverance, you will reap contentment
If you plant consideration, you will reap perspective
If you plant hard work, you will reap success, be careful what you plant now;
it will determine what you will reap later.
If you plant forgiveness, you will reap reconciliation
If you plant faith in god , you will reap a harvest


So
"Whatever You Give To Life, Life Gives You Back"


Diego Willer

domingo, 9 de agosto de 2009

Sutilmente

Foto: Pôr-do-sol no Pólo Norte


"Sutilmente" (Skank)

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
Quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
Quando eu estiver fogo
Suavemente se encaixe

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce

Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti, dentro de ti

Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce

Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti, dentro de ti

Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti

Viver a Vida

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Para pensar...


"É preferível o silêncio das dores guardadas

e a solidão das saudades envelhecidas,

ao rastro indolor do nada!"

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

DIálOGo SEgUndO

E então o que você anda pensando?
Pensar? Acho que não penso. Ou penso?
Que tipo de pessoa é você?
Não sei. Algo muito profundo. Sou capaz de tudo, penso eu. Eu penso?
Mas que confusão é essa, meu amigo?Não importe-se com essas indagações... Que tal tomarmos um chopp?
Não obrigado. Não me sinto satisfeito a ponto de esquecer de minhas indagações.
Satisfeito? Quem disse a você que o ser humano tem de ser satisfeito? Satisfeito nada!
Será mesmo? Será o inferno, então?
Não sei, mas se for, tem chopp! E aí?
Não obrigado. Vou para casa quero ler um pouco...
Ler? De que planeta você é? Parece até meio bobo... Não se diverte nunca?
Divertir? O que é diversão? De que tipo de diversão?
Aff! De novo o assunto do "sou satisfeito" "não sou satisfeito". Cara, vai descansar um pouco. Você não é o Atlas para carregar o mundo!
Você sempre tem uma "resposta rápida" para todas as minhas perguntas, não?
Não. Eu só vivo.
Vive só?
Não. Eu só vivo!
Vive? Se acha que vive, então viva e vá tomar o seu chopp.
Estressadinho, hein... Depois vem falar em blá blá blá. É isso que dá não se divertir...

segunda-feira, 3 de agosto de 2009