quinta-feira, 13 de agosto de 2009

viver é um rio

viver é um rio...

não, eu não estou refeita. seguimos respirando vivo, mesmo sem condição. é que esta jornada me toma sempre de uma obrigação: quero entender.
mas eu não entendo nada! as coisas, antes que eu possa alcançá-las, mudam de cor, mudam a textura, mudam de lugar, de nome.
vagueio meu próprio coração (acho que é a primeira vez que uso esta palavra em meus escritos, veja só! que curioso...), e escrevo para me salvar do escuro, é o que faço com as palavras: me salvo.
então decido contar porque necessito encontrar uma paz, porque necessito aliviar-me das imagens que tomaram meus dias e para talvez significar, mesmo sem entender, pois afinal eu sei: não se pode entender, não tudo. e mesmo não importa, nada é definitivo neste nosso entendimento das coisas.
me recolho porque do lado de fora de mim não há.
converso com as palavras, sentada do lado de fora, onde há um silêncio dentro, um que me invade e me serena.
há a chuva que me desconsola. serão longos os dias. espero que a primavera venha antes mesmo que o inverno acabe.
...
viver é rio, a gente escoa, sem condição.

já é agosto!

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