sexta-feira, 24 de julho de 2009

Juó Bananère

Paródia de Juó Bananère ao poema “Canção do exílio” de Gonçalves Dias



Migna terra tê parmeras,

Che ganta inzima o sabiá.

As aves che stó aqui,

Tambê tuttos sabi gorgeá.

A abobora celestia tambê,

Che tê lá na mia terra,

Tê moltos millió di strella

Che non tê na Ingraterra.

Os rios lá sô maise grandi

Dus rios di tuttas naçó;

I os matto si perde di vista,

Nu meio da imensidó.

Na migna terra tê parmeras

Dove ganta a galigna dangola;

Na migna terra tê o Vap’relli,

Chi só anda di gartolla.

Juó Bananère


Conhecido por Juó Bananère, o paulista Alexandre Ribeiro Marcondes Machado, nascido em 11/04//1882, nos deixou apenas uma única obra La divina Increnca, 1915 (atualmente, uma raridade bibliográfica). Parodiou escritores consagrados como Camões, Olavo Bilac, Casimiro de Abreu, Guerra Junqueira, La Fontaine, Machado de Assis, entre outros e alguns figurões da velha República, como o marechal Hermes da Fonseca.

Juó Bananère intitulava-se Gandidato á Gademia Baolista di Letteras (Candidato à Academia Paulista de Letras).

Otto Maria Carpeaux, em interessante estudo, considerou Juó Bananere um pré-modernista, principalmente pelo fato de ter começado a tratar de forma irreverente as produções do romantismo e do parnasianismo, até então levadas muito a sério.

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